
Movimento é considerado positivo.
Entre janeiro e junho deste ano, houve um aumento de 30% nas vendas de imóveis novos em Rio Preto; ao mesmo tempo, número de lançamentos caiu 58%.
O mercado imobiliário de Rio Preto lançou menos unidades e vendeu mais imóveis no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado. A constatação integra levantamento do Sindicato da Habitação (Secovi) e é considerada positiva na medida em que reduz o estoque existente na cidade.
Entre janeiro e junho deste ano, houve um aumento de 30% nas vendas de imóveis novos em Rio Preto, passando de 1.890 nos seis primeiros meses do ano passado para 2.459 no mesmo período de 2022.
“Um volume maior de venda do que de lançamentos atrai investidores do mercado imobiliário, o que é um movimento interessante”, afirma o diretor regional do Secovi em Rio Preto, Thiago Ribeiro. Isso porque, com a redução do estoque existente de empreendimentos lançados anteriormente, as empresas voltam a lançar, aumentando a oferta futura.
De acordo com o balanço do semestre, o número de lançamentos de novos empreendimentos registrou queda de 58% no período em Rio Preto, já que no primeiro semestre deste ano houve 1.075 lançamentos, contra 2.561 em igual período do ano passado.
Em relação ao volume financeiro das vendas de imóveis, houve aumento de 28% no período, com um total de R$ 532,5 milhões no primeiro semestre do ano passado e R$ 683,1 milhões entre janeiro e junho deste ano.
Ao mesmo tempo, acompanhando a queda no número de lançamentos, houve aumento no Valor Geral de Vendas (VGV), de 51%, tendo passado de R$ 327,2 milhões para R$ 664,9 milhões no período considerado.
Perfil
Em Rio Preto, a maior parte dos imóveis vendidos se enquadra na modalidade econômica (64%) com dois dormitórios, mantendo uma tendência já registrada nos últimos anos. Em seguida aparecem os imóveis com três dormitórios (12%).
Em relação aos valores, os imóveis ficam na faixa inferior a R$ 230 mil, com 52% das vendas. Em segundo lugar estão as unidades com valores entre R$ 230 mil e R$ 500 mil, com 37% das vendas.
Ainda dentro do perfil de imóveis mais vendidos, o destaque são os imóveis com até 45 metros quadrados, escolhidos por 43% dos compradores, seguidos pelas unidades com tamanho entre 45 e 65 metros quadrados, com 40% das vendas.
Segundo Ribeiro, as vendas em alta ainda são um reflexo da pandemia, que provocou uma mudança na cultura dos consumidores. “Os financiamentos habitais atrelados ao FGTS ainda têm uma taxa de juros atrativa”, disse.
O representante do setor afirma ainda que, mesmo com o aumento na taxa Selic, o momento continua positivo para aquisição da casa própria e que o ano político não tem influenciado negativamente. “Em anos eleitorais temos uma expectativa de queda na procura e esse ano não houve”.
Para o diretor presidente da Pacaembu Construtora – São José do Rio Preto – SP, Victor Almeida, esse desempenho positivo nas vendas tem relação com a dinamicidade da economia de Rio Preto, tanto que ocupa uma posição importante entre os polos geradores de oportunidades no mercado imobiliário.
“O mercado de imóveis do programa Verde e Amarelo não foi muito afetado pela alta de juros, que são subsidiados, então se mantiveram. E com um pouco de aquecimento da economia que temos visto, com algumas medidas do governo de facilitação dos financiamentos, motivou e facilitou a compra pelas famílias”.
E se o mercado vive momentos positivos, a tendência é manter a previsão de lançamentos. A Pacaembu vai lançar, ainda neste ano, o loteamento Vida Nova José Bernardo Coelho, com mais de mil unidades, ao lado do Edson Baffi, que já não tem mais estoque. “Aquele é um local de muito desejo e para o futuro ainda temos expectativa de novos Fen House. São projetos de ciclos longos de aprovação”, diz.
Segundo Carlos Davidson, Diretor Comercial e de Crédito da MRV Engenharia – São José do Rio Preto – SP, que também atua com imóveis nessa faixa, com a ampliação do prazo de pagamento para 420 meses, ao invés de 360 meses, o cliente conseguiu um potencial de financiamento maior e isso implica em potencial de vendas para essa faixa. “Esses imóveis contam com uma série de benefícios em relação a outras faixas de funding que existem no mercado”, disse.
Para o executivo, quando há um mercado aquecido, como o cenário atual, mesmo com o aumento de custos e estoque baixo, é muito positivo para a empresa. “Por isso continuamos a buscar por novos terrenos, novos negócios, para aumentar ainda mais a oferta dentro da cidade, que tem um potencial enorme de continuar crescendo”, disse. Recentemente, a MRV lançou o Residencial Jardim Verona – Apartamento em São José do Rio Preto – SP e tem previsão de dois lançamentos no ano.
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